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Tem como objectivo criticar o estado actual das coisas e tentar acordar esta sociedade de memória curta.

sábado, julho 10, 2004

Um problema de legitimidade

Os nosso políticos são realmente fantásticos e por que não um "case study" muito interessante. Isto é uma trapalhada pegada. A esquerda elege um Presidente por dois mandatos consecutivos e no momento da verdade acusam-no de ter virado à direita e que estão arrependidos de o terem apoiado e de terem votado nele. Um líder dum partido que acabou de ter um enorme sucesso eleitoral demite-se.
À direita, ex-candidato a Presidente da República critica ferozmente o Presidente, de esquerda, por este ter mantido a direita no poder.
A sucessão em cargos públicos já não é por sufrágio directo. É por sucessão, tipo monarquia.
Confusos? Nah!!! Até temos um partido, o que normalmente desfere os mais ferozes ataques e que tanto tem criticado a falta de legitimidade do novo governo por este não ter sido eleito pelo povo. Pois é, estes senhores têm de ser coerentes. Então quantos deputados diferente tem o BE na Assembleia da República? Bem, muitos. Mas que eu me lembre só foram eleitos três. Então o que lá vão fazer os outros? Não é isto também uma fraude política.
Deve doer muito. Era esta a janela de oportunidade que o Bloco tanto esperava. O assalto ao poder e alguém lhes puxou o tapete - Jorge Sampaio.

Fumo branco

Finalmente, Jorge Sampaio resolveu dizer ao país aquilo que inicialmente parecia tido como certo - não vai haver eleições antecipadas.
As pressões foram tantas e dos mais variados quadrantes que veio a prevalecer a sua opinião inicial, coerente com os constantes apelos à serenidade e estabilidade política. Curioso é o facto desta decisão ir contra aquilo a que o seu partido defendia. Terá sido traição ao partido e ao seu amigo de longa data Ferro Rodrigues? Serão justas as críticas de Ana Gomes? Ao bom estilo do Bloco de Esquerda ouvimos muitos disparates vindos de dentro do PS e, curiosamente, dalgumas pessoas que apenas agora começam a participar em eleições e na vida partidária de forma activa.
E porque terá Ferro Rodrigues pedido a demissão?
Poderemos afirmar que estamos perante mais uma fuga? FUGA III - mais parece uma trilogia dos insucessos da vida política portuguesa. Em tempos difíceis seria de esperar que se enfrentassem os problemas em vez de fugir ou então, e não fosse o facto de Ferro Rodrigues ter os dias contados à frente dos destinos do PS, eu diria que se tentou antecipar o inevitável.
A mim parece-me uma situação benéfica para o país, não pelo facto da coligação ficar no poder mas por assim se evitar a habitual "reestruturação" da administração pública de forma a encaixar os "boys" do partido que ganha as eleições.
Resta-nos esperar que o novo governo governe e não siga aquela política espectáculo que Pedro Santana Lopes tanto parece apreciar. Em dois anos não deverá causar grandes estragos e pode ser que até lá o PS já tenha uma direcção a sério e que dê confiança ao país. Não terá sido esta a verdadeira razão porque Jorge Sampaio não convocou eleições antecipadas?

Opps!!!

Parece que Ana Gomes veio aqui "postar"… Oh olhovivo tens que ver isto pelo lado positivo.

quarta-feira, julho 07, 2004

Pensamento do dia

O nível de um país vê-se nas pessoas... Até o Primeiro-Ministro emigra! (autor desconhecido)

segunda-feira, julho 05, 2004

Nomeações

Agora que este governo chegou ao fim acho que é altura para fazer uma balanço e analisar as prestações dos seus membros.

Na pasta do Ambiente, para as categorias de melhores Efeitos Especiais e Erro de Casting, ex-equo:
- Isaltino Morais - com toda aquela fumaça do seu charuto enquadra-se muito bem na categoria de Efeitos Especiais pois por entre aquela nuvem de fumo muito coisa poderia acontecer. È ao mesmo tempo um erro de casting porque para uma pasta onde se deveria ter como objectivo a qualidade do ambiente ter como ministro um agente poluidor, não me parece.
- Amílcar Theias - erro de casting é com certeza. O senhor pode ter muitas competências mas a de zelar pelo ambiente e ordenamento das Cidades ficaram por demonstrar.
Efeitos Especiais porque demonstrou que gosta de criar cenários espectaculares. Quem não se lembra da explicação que ele deu para os incêndios?

Na pasta da cultura, para a categoria de melhor homem estátua:
- Pedro Roseta - é nomeado para esta categoria porque esteve dois anos sem se mexer tendo chegado ao extremo de nos levar a crer que não havia pasta da cultura. O título de homem invisível também lhe assentaria que nem uma luva.

Finanças e Saúde, para a categoria Figura Mitológica, temos:
- Manuel Ferreira Leite - acho que o controlo do déficit não passou de um mito, e o essencial não foi feito: combate à evasão fiscal, e equilíbrio das contas públicas. Mas isto não me impede de a considerar como o melhor elemento deste governa, tal foi a mediocridade que por ali reinou.
Em linguagem figurada, acho conseguiu estancar a hemorragia mas não conseguiu que a ferida sarasse.
- Luís Filipe Pereira - apesar de ter posto os médicos a trabalhar mais nos hospitais não conseguiu que a redução das filas de espera não passassem disso mesmo - um mito. Tenho que reconhecer que conseguiu que os genéricos avançassem.

Segurança Interna, para a categoria de Inabilidade Política:
- Figueiredo Lopes - o nome diz tudo. Sempre que abria a boca era para dizer disparate.

Segurança Social, nomeado para o Bom Empregado e para o Equívoco:
- Bagão Félix - revelou ser um bom empregado… do BCP!!! Mas, equivocou-se pois a sua entidade patronal vai desfazer-se da Seguro & Pensões e já não vai precisar do dinheiro que este quer desviar da Segurança Social. Ou será que ele mudou de entidade patronal?

Os outros, bem quanto aos outros apenas um referência para Paulo Portas que com um bom sentido de oportunidade se conseguiu livrar do caso Moderna sem ter que ir para o Brasil. E prometeu, prometeu muito ao ex-combatentes do Ultramar e até agora viu-se muito pouco.

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