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Tem como objectivo criticar o estado actual das coisas e tentar acordar esta sociedade de memória curta.

sexta-feira, maio 28, 2004

Debate na Assembleia da Republica

Resumo do debate parlamentar dos últimos dias:

Maioria - A oposição não presta e tudo o que de mau está a acontecer é culpa vossa.

Oposição - Palermas. Vocês são todos uns grandes palermas. Isto não passa duma cabala contra a oposição.

Maioria - Cabala? Vocês são uns ignorantes e não merecem o dinheiro que ganham.

Oposição - Seus mal educados podem ficar a saber que quem se meter connosco leva.

Maioria - Fiquem sabendo que não recebemos lições de boa educação da vossa parte. Activistas duma figa o que vocês querem é guerra pois vão tê-la, terroristas!

Oposição - Incompetentes… o que vocês gostam é de manigâncias políticas e em tudo o que fazem tem interesses obscuros por detrás.

Maioria - Por trás? Disso gostam vocês, seus pedófilos. Nós nem vos devíamos passar confiança . Caluniadores. Não sabem que a calúnia é a arma dos vencidos.

Oposição - Armas, só se for as que vocês e os vossos amigos americanos não conseguiram encontrar no Iraque. Cobardes não têm argumentos.

Maioria - Calem-se seus incompetentes, palhaços…

Presidente da Assembleia - Aqui quem manda calar sou eu.

Maioria - Então mande calar esses gajos intelectualmente desonestos.

Presidente da Assembleia - Vou mandar-vos calar a todos pois vocês são insuportavelmente irritantes. Ai que eu estou entre à bicharada.

Maioria e Oposição (em bloco) - Bichas? Vê lá se também queres apanhar. Açoriano duma figa.

quinta-feira, maio 27, 2004

Em defesa dos trabalhadores ou talvez não?

Ao que tudo indica o sindicado do SEF decidiu acabar com as greves para a altura do Euro, e ainda bem, digo eu. Digo eu e o sindicado também o achará pois diz que os interesses e a segurança do país estão em primeiro e que o secretário de estado lhe teria prometido regularizar a situação, na semana passada. Este facto é que eu considero algo desajustado pois o anúncio das greves feito pelo sindicato foi feito posteriormente e, é também curioso que se venha a verificar após acalorada discussão ontem no parlamento. Querem lá ver que a Inter-Sindical é mesmo um braço político do PCP!
Nah!!! Não acredito.
Bem um sindicato que anuncia uma greve de meio-dia para o dia seguinte e nesse mesmo dia a desconvoca demonstra alguma fraqueza na tomada de decisão.Quererá isto dizer que à tarde os trabalhadores têm razões para reivindicar e de manhã já não.

segunda-feira, maio 17, 2004

Troca de favores

Ferro Rodrigues acaba de fazer um favor a uma série de ministros "remodeláveis", pois, qual profeta, dá a conhecer as suas profecias e, ao mesmo tempo, garante a continuidade destes ministros. Para mal dos nossos pecados.
É claro que esta pressão sobre Durão o irá impedir de fazer a tal remodelação já que ao fazê-lo iria dar razão ao PS. Nós sabemos que os políticos preocupam-se mais com a próxima eleição e o sucesso partidário que com o sucesso da governação.
Assim os ministros agradecem e o PS. O efeito duma eventual remodelação em véspera de eleições já não irá causar o impacto positivo que o governo pretendia. Como para haver vencedores tem de haver vencidos e assim ficaremos todo a perder, como sempre.

Notícia do dia

"Ontem Lisboa foi evacuada na sua totalidade provocando o pânico pois as pessoas pensavam ser um ataque terrorista...

As autoridades cessaram o alarme quando descobriram que afinal o cheiro intenso que parecia toxico era proveniente da naftalina das bandeiras do benfica..."

sexta-feira, maio 14, 2004

Falta de quorum

É nestas alturas que eu acho que o Presidente da República deviria ter mais poderes e dissolver o parlamento de forma a fazer uma profunda desinfestação de parasitas.
Então nem no dia da votação final global do Código do Trabalho os deputados da maioria estão presentes para aprovar o seu código do trabalho. Belo exemplo de assiduidade. Andam eles a dizer que os trabalhadores são uns calões e que têm elevadas taxas de absentismo.
E o que dizer da oposição? Manifestam um desinteresse total na defesa daquilo que contestam onde o mais natural era uma presença maciça de forma a mostrar ao país e aos seus eleitores que se preocupam e não concordam com o rumo das políticas traçadas por este governo.

E depois ainda temos…

… os também chamados turbo deputados, como é o caso de Edite Estrela que segundo consta participa em reuniões públicas da Câmara Municipal de Sintra, onde ocupa o cargo de vereadora sem pelouro, e em simultâneo assinou o registo de presenças nas reuniões plenárias que decorriam na Assembleia da República.
Com este tipo de comportamento não será de espantar que todos os outros que não compareceram ontem na Assembleia da República também tenham assinado o registo de presenças e afinal terá havido quorum. Talvez, e devido a um erro informático o mostrador electrónico da Assembleia da República estivesse errado.

quinta-feira, maio 13, 2004

Um problema de timing

O nosso governo sempre demonstrou alguma falta de clareza na exposição das suas políticas e nem sempre em tempo útil. Preocupantes são também alguns tiques de bailarina que certos ministros têm , entenda-se, gostar de se por em bico dos pés. A permanência das forças portuguesas estendeu-se por mais seis meses.
Com a mania que estes tipos têm de se armar em importantes, por terem cerca de 100 GNR's(!?) no Iraque, ontem os iraquianos ficaram a saber que Portugal também faz parte da força de ocupação. Estavam tão bem calados.
Parece que na estação de televisão Al-Jazera, ontem, divulgaram uma espécie de sondagem que revelou que os Sunitas não faziam ideia que os portugueses lá estavam e que apenas alguns Shiitas sabiam. Pronto agora já todos sabem.
No entanto há uma dúvida que me assalta o espirito - estes tipos não são aqueles que andam preocupados com a segurança do Rock-in-Rio e do Euro?

Provocação

Este Olhovivo é um intriguista. O motorista não tem culpa nenhuma do elevado numero de acidentes em que se tem envolvido, o problema é dos batedores pá. Um ministro tem de ter, pelo menos, uma meia dúzia de batedores. A BT tem de sair para a rua!
A segunda questão é sobre os políticos e o FCP. Esta é uma questão muito sensível pois nunca se sabe onde acaba a política e começa o futebol, ou vice-versa. E, na minha opinião, o trabalho político é uma actividade muito basta e nem sempre se percebe quando é que um político age em individualmente ou em representação dos eleitores e do partido.
Mas afinal ir a uma final da liga dos campeões é ou não serviço político?
Para o primeiro-ministro parece que é. Primeiro diz que não pode ir à Assembleia da República porque tinha de ir ao México em visita oficial. Depois adia a visita ao México para ir ao futebol. Por estas duas situações se vê quais são as prioridades políticas do nosso PM.
Para os deputados, as opiniões variam consoante a cor clubista e/ou partidária. Os do PSD dizem que não vão justificar. Para os do PS existem duas opiniões: 1 - para os seus deputados é serviço político; 2 - para o PM nem pensar. Esse malandro não nos passa confiança e agora vai para o futebol. Isso é que era bom!
Os outros como não têm convites e não lhes apetece comprar bilhete são do contra.

P.S. - eu, se fosse governo no México recusaria receber Durão Barroso noutro dia que não o combinado.

quinta-feira, maio 06, 2004

Não peço, não peço e não peço…

… desculpa. É de ter pena de tão estranhas criaturas. A triste figura que os mais altos dirigentes americanos andaram a fazer nas várias entrevistas dadas aos media e, principalmente, aos canais de televisão árabes. Nós por cá até já estamos habituados a figuras deprimentes.
O que mais me incomodou foi o facto de nenhuma destas figuras se querer desculpar publicamente pelas atrocidades que eles próprios admitem estarem a ser cometidas contra os prisioneiros iraquianos.
Quando se diz que esta guerra, para os EUA, foi como uma ejaculação precoce começo a perceber o significado. Passada a excitação inicial parece que se perdeu o vigor e tudo deixou de funcionar.

Portugueses patriotas

Concordo e recomendo a leitura deste artigo O GRUPO MELLO, NOGUEIRA LEITE E A GALP

segunda-feira, maio 03, 2004

Mais um buraco

Ao que tudo indica parece que o nosso ex-Primeiro Ministro, António Guterres, andou a fazer uns negócios por baixo do pano. Tudo teve origem num protocolo entre o governo e a BP para que esta saísse dos terrenos da Expo 98.
Mas para quê falar disso agora? Parece que três milhões e meio contos saídos de um acordo posterior não foram movimentados nas contas da Parque Expo e também não existe nenhum documento que justifique a saída desse dinheiro.

Espera-se que a resposta para o problema não seja a de sempre. Quando existe algum problema a desculpa é sempre a mesma: Foi um problema informático!

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