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Tem como objectivo criticar o estado actual das coisas e tentar acordar esta sociedade de memória curta.

segunda-feira, fevereiro 23, 2004

Publicidade enganosa

"A humildade é a mais sólida das virtudes." Se os nossos políticos seguissem este pensamento de Confúcio poupavam-nos mais uma cena triste com esta troca de mimos a propósito do déficit.
Por um lado, o primeiro-ministro que devia ter mais respeito pelos portugueses e, mais preocupante ainda, ter a noção que toda a gente sabe que os 2,8% é um número fabricado e que se não fossem as receitas extraordinárias e algumas práticas contabilistas demasiado criativas o déficit seria bem mais elevado.
Por outro lado, Ferro Rodrigues, que não consegue resistir a esta onda de publicidade enganosa, comete o mesmo erro. Primeiro, todos sabemos que a publicidade mais enganosa que anda aí no mercado é o facto de ele ainda se considerar líder do PS. Segundo, é a memória curta desta gente que lhes atrofia os pensamentos e a falta de sensatez que, neste caso, os fez perder mais uma boa oportunidade de se remeterem ao silêncio. Será que não existe por ali um réstia de sensação de culpa pelo descontrolo das contas públicas? Eu acho que deveria haver e, seguramente, deverá estender-se a este executivo.
Mas os PS sempre foi adepto do dialogo/conversa da treta, da solidariedade e bom a distribuir o que tem e o que não tem enquanto que a direita não prima pela solidariedade e nem pelo diálogo. Outra constatação que se pode fazer é que o PS, quando está no governo, pouco produz e deixa sempre as finanças em muito mau estado.
Uma questão se coloca: poderá alguém distribuir e partilhar aquilo que não produz ?

sexta-feira, fevereiro 20, 2004

É Carnaval e ninguém leva a mal

Infelizmente, em Portugal parece que é Carnaval durante todo o ano. Este ano parece que, oficialmente, começou ontem com a libertação seguida da detenção de Vale e Azevedo. Seria de esperar algum bom senso dum qualquer juiz ou agente da PJ!
Quando alguém é culpado dum crime deve ser penalizado e espera-se que a justiça seja objectiva e transparente o que não parece estar a acontecer. Se não vejamos este triste episódio patrocinado por um juiz que foi, nem mais nem menos, adversário de Vale e Azevedo numas eleições no Benfica. Para o público isto parece uma vingança qualquer que teve como intuito enxovalhar o homem, se é que isto é possivel, pois só assim se percebe que o tenham deixado sair da cadeia com os seus bens pessoais e minutos depois o obriguem a regressar.
Será que os agentes não têm mais nada que fazer? Então e os criminosos que se passeiam por aí nas suas viaturas de luxo? E a luta contra a evasão fiscal? E a luta contra os traficantes de droga? E a luta contra as redes de tráfego de seres humanos? Nada. Brinca-se aos polícias e ladrões e não saímos disto. Triste palhaçada!

quinta-feira, fevereiro 19, 2004

Duas curiosidades que me acompanham

Qual era o horário de trabalho do motorista?
Que carro conduzia?

Se houver sugestões ou alguma informação esclarecedora deixem-nas nos comentários.

Faço parte do mundo e no entanto ele deixa-me perplexo

Mal Celeste Cardona tinha assumido a pasta da Justiça já defendia a extinção do Gabinete de Auditoria e Modernização por considerá-lo inútil. De tal forma que este gabinete dos 16 funcionários que tinha apenas ficou com um motorista. Motorista? Para transportar quem? Quem será este motorista? O que terá ele feito pelo país durante estes dois últimos anos? Muitas dúvidas perante tal incoerência pois não se percebe por que não se acabou com o gabinete.
Afinal existem pessoas onde ainda existe uma réstia de humanidade a avaliar pelo gesto de Celeste Cardona para com o motorista solitário. Tais sentimentos motivaram a ministra para que nomeasse dois jovens quadros para a direcção do departamento. O motorista devia sentir-se algo desorientado!
Para que o motorista não se sentisse vexado teria que haver algum cuidado na escolha das pessoas, e assim, a nova directora tem 30 anos e licenciou-se em 1997 e o sub-director tem 29 anos tendo-se licenciado em 2001 e tem como única experiência profissional a de consultor de um gabinete do Ministério, tachos de outros tempos.
Salários: a directora recebe 5541 euros e o sub-director vai receber 5380. Então e o controlo das finanças públicas?
O que é passa com esta ministra? Primeiro "esquece-se" de entregar os descontos dos trabalhadores judiciais e agora contracta damas de companhia a peso de ouro!
Andará a Cardona boa da mona?

quarta-feira, fevereiro 18, 2004

Sinal vermelho


Novamente o debate sobre o aborto e a absolvição das mulheres e homens julgados em Aveiro, devido a casos de prática de aborto.
Tudo começou com um sinal vermelho, ou melhor, o desrespeito por um sinal vermelho. Um casal seguia na sua motorizada e o condutor não respeitou a sinalização luminosa pelo que um polícia decidiu autua-los. Até aqui nada de inédito, o que se seguia foi um pedido da senhora para que o agente os perdoasse pois não tinham dinheiro para pagar a coima já que tinham acabado de pagar um aborto. E assim se iniciou este processo seguido das investigações da PJ.
Mas é claro que existem por aí muitos outros sinais vermelhos que ninguém parece respeitar.
Sinal vermelho, para quem canta vitória e tenta retirar dividendos políticos pela absolvição destas pessoas. Como se elas não tivessem sido julgadas e condenadas? Existirá maior condenação para alguém que é ver-se forçado a tirar a vida de um filho?
Sinal vermelho, para quem prefere continuar com a cabeça enterrada na areia e aceita que se tire a vida a um feto com 12 semanas e já não o aceita se tiver 12 semanas. É consensual que as 20 semanas são fulcrais e que as até aí as diferenças são mínimas. Não seria mais útil discutir porque é que a educação sexual nas escolas não existe, o planeamento familiar não existe ou porque não se criam serviços de apoio e ajuda às famílias que enfrentam este dilema - abortar ou não abortar; para isso é necessário criar condições para que se optar. Para que tudo isto avance é necessário que as aberrações políticas deixem os cargos de decisão para que não tenhamos muitas Marianas Cascais. Mariana Cascais é a Secretária de Estado da Educação que não quer educação sexual nas escolas.
Sinal vermelho, para quem grita e apela ao não cumprimento das leis e, quando está no governo, nada faz para alterar as leis que acham injustas.
Sinal vermelho, para todos os extremistas que não gostam de discutir os assuntos e não admitem a diversidade de opiniões. Não se podem descriminalizar pessoas que fazem 11 abortos e também não se pode ignorar o problema e continuas a alimentar o negócio do aborto ilegal, continuar com esta hipocrisia e preferir politizar uma assunto que à sociedade civil compete uma tomada de decisão.

terça-feira, fevereiro 17, 2004

Um oásis num deserto de resultados

Foi amplamente difundida a noticia à cerca dos lucros record verificados na TAP durante o último ano. Falou-se no problema das falências técnicas das empresas públicas e não vi ninguém a tentar explicar o sucesso da TAP e a defender a adopção de soluções semelhantes para eliminar os outros elefantes brancos.
Será que o sucesso da TAP não se deverá ao facto do seu gestor não ser um qualquer membro de um partido político? Há que promover a competência em detrimento do compadrio e ligações perigosoas que se verificam nas administrações de empresas públicas.
Um caso que salta à vista é o da CP. A REFER suporta os custos da modernização e das obras de melhoramento das linhas enquanto que a CP, apesar dos sucessivos aumentos de preços, mantém-se na falência e só não fecha porque o Estado vai avalizando os empréstimos feitos à banca. Note-se que a última subida de preços em Alfas, Inter Cidades e Inter Regionais foi na ordem dos 15%.
Não seria mais barato para o Estado, logo para todos nós, e para o utilizador ter uma gestão profissional? Nem que para isso se tivesse que contratar mais um gestor brasileiro a ganhar 90 mil euros por mês!

US bombing bring Afghan heroin trade booming

Os objectivos da guerra contra o terrorismo são cada vez mais claros e facilmente se percebe a orientação política desta guerra; não é a guerra de choque e pavor contra o terrorismo mas sim a guerra ao controlo do maior número possível de poços de petróleo.
No Afeganistão o controlo pelo petróleo e pipelines do mar Cáspio foi o objectivo enquanto se restaurou o comércio de drogas - opiáceos. Estas sim, deveriam ser a verdadeira fonte de preocupação pois muitos dos 500 biliões de dólares anuais provenientes da sua comercialização são depositados em bancos ocidentais, ou em filiais off-shore, e financiam o crime organizado um pouco por todo o mundo, de acordo com relatórios da própria CIA. Este é mais um dos efeitos perversos da política externa americana.
Logo após a queda dos Taliban e a subida ao poder do governo de Hamid Kharzai, nomeado pelos EUA, a área de cultivo de ópio passou dos 7600 hectares para cerca de 65000. A produção de heroína subiu 1400% desde a guerra do terror e a queda dos Taliban. De salientar que os Taliban, em 2000, tinham reduzido a área de cultivo em cerca de 95% e que, no Afeganistão, apenas a Aliança do Norte que viria a ser apoiada pelo EUA continuava a sua política de protecção à produção de drogas.
Agora andam todos, EUA e aliados, preocupados porque 100% da heroína transaccionada na Rússia e países vizinhos é produzida no Afeganistão, na Inglaterra representa 90% e que a nível mundial já representa 70% de ópio produzido.
Agora que a droga lhes está a chegar a casa já não sabem o que fazer!
Resumindo, para Bush era necessário formar uma cruzada pela paz e justiça e no Afeganistão havia um esforço suplementar a fazer - PETRÓLEO.

segunda-feira, fevereiro 16, 2004

Vermelhices


As incoerências do Benfica e a história da comemoração do seu centenário, ou será o 96º aniversário?
Para quem quiser conhecer a verdadeira história do SLB (irra! que até custa escrever esta coisa) é só consultar o site oficial, na rubrica história do emblema ou ler o livro da “História dos desportos em Portugal” de Tavares da Silva, Ricardo Ornelas e Ribeiro dos Reis com a colaboração de Mário de Oliveira.
Entretanto, fica aqui um breve resumo.
Em 13 de Setembro de 1908, o Sport Lisboa (SL) realizou a fusão com o Grupo Sport Bemfica (GSB), passando a usar a designação de Sport Lisboa e Benfica.
O GSB tinha campo de jogos e sede; e o SL tinha os jogadores. Consta que foi mais uma absorção do SL pelo GSB – fundado em 1906.
Não se sabe ao certo a data de fundação do SL mas pensa-se que foi em meados de Março de 1904, segundo Cosme Damião. O Dr. José Salazar Carreira dizia que deveria ter sido em fins de 1904. Parece que apenas uma certeza existe, em 1905 existia.
Só para dar um exemplo doutro clube, no decurso de 1905 aparecem referências ao Campo Grande Futebol Club que constitui o ponto de partida para a fundação do Sporting Clube de Portugal, em 1906. Pela mesma ordem de ideias a data de fundação do SCP será 1905 (?!), mas é claro que em clubes de gente honesta isso não acontece.

Só mais uma nota histórica, em 1907 o SL enfrentou uma crise e fez-se uma subscrição pública destinada a “não deixar morrer o Sport Lisboa”, entendido na altura como sendo uma medida heróica. A humildade da altura permitia-lhes ter estes momentos de lucidez.
Bem, o peditório rendeu 27000 réis, uma pequena fortuna para época. Toda a sociedade contribui o que, transpondo para sociedade de hoje, seria impensável; viu-se o resultado da operação coração.
E o SL não morreu!
E ainda dizem que a mesma história não se repete duas vezes.

quinta-feira, fevereiro 12, 2004

Distribuição de cartões

Ferro Rodrigues pede aos portugueses que mostrem um cartão amarelo a este governo nas próximas eleições europeias; como forma de protesto, diz ele.
Resta saber se os portugueses lhe vão fazer a vontade ou adoptam o discurso dele e lhe respondem "estou-me cagando" para si e lhe mostram o respectivo cartão vermelho em protesto pela sua miserável prestação enquanto oposição a este governo.
Aliás no PS estão todos à espera que isso aconteça pois se assim não fosse não estavam já a aparecer substitutos.
Daqui a quatro meses saberemos qual é a cor do cartão…

Contraproducente

Numa altura em que a sociedade parece despertar para a realidade e até já se discutem os problemas e se tentam encontrar soluções, eis que surge uma proposta alternativa, fora de tempo, em que BE apela à prescrição médica de cannabis. Então quando despontam sinais de recuperação económica e psicológica o BE acha por bem reprimir esses sentimentos achando que o melhor seria andarmos todos pedrados. Será que isto terá chegado à fase terminal ou apenas o discurso da esquerda rebelde?
Não será este o espirito maniaco-depressivo sobre o qual tanto se tem falado? Não os deixem pensar, anestesiem-lhes as ideias.
Bem, dum partido em que muita gente depositava grandes esperanças e esperava uma lufada de ar fresco na política nacional, parece que daqui só se conseguem extrair três ideias recorrentes: droga, prostituição e aborto. Sinto-me enganado!
Provavelmente este discurso é uma droga e que está sujeito a morrer mesmo antes da nascença. Só não sei quem se andará a prostituir?

Confuso?

O conflito que opõe Israel e a Palestina nunca foi muito claro e com motivações variadas. Mas parece que cada vez mais a confusão é maior.
Quando se fala na transferência de nove milhões de euros dum banco árabe para uma conta do BNP em Paris cujo titular é a mulher de Arafat. Parece que a senhora não está a conseguir explicar a proveniência deste montante, tanto mais que é sabido que ela nada faz na vida nem tem nenhuma fonte de receita conhecida.
Donde virá o dinheiro? Ou apenas tem uma marido generoso?
Surge agora a notícia de que colonatos judeus e o chamado muro da vergonha estarão a ser construídos com cimento palestiniano vindo directamente das cimenteiras do primeiro-ministro palestiniano.
É a globalização e a cooperação entre povos!

Globalização: efeitos colaterais

Parece que os Americanos têm andado a dar tiros nos pés. Para além de não conseguirem justificar a última guerra no Iraque podem ter andado a alimentar grupos terroristas de países que eles consideram ser o eixo do mal.
Parece que as sanções que eles tanto gostam de aplicar a terceiros não se aplicam às suas empresas se não vejamos, cerca de 400 empresas americanas entre elas a Halliburton, a GE e Conoco Phillips têm negócios de petróleo e gás em países como a Síria, o Irão e na Líbia. Sabe-se também que pelo menos o presidente líbio sempre apoiou grupos terroristas anti-ocidente. Enquanto as populações locais, deste países, andam a morrer de fome sem bens de primeira vítimas das sanções impostas pelos States, as empresas americanas andam a facturar sem pudor e restrições.
Estranho ainda, dados os acontecimentos do 11 de Setembro, é que o fundo de pensões dos trabalhadores de Nova Iorque tenha participações nessas empresas, claramente identificadas. Mais um exemplo da coerência americana!
Será que os americanos têm andado a pagar para serem atacados? Então de que é que se queixam?
Dos estranho comportamentos já nos tínhamos apercebido mas que fossem tão de tal forma masoquistas, ainda não!

quarta-feira, fevereiro 11, 2004

Aceitam-se candidaturas

Vai dar-se início à selecção dos concorrentes para os dois novos concursos em exibição nos próximos meses, são eles:
- Quem quer ser Presidente da Repúplica;
- E o recente, Quem quer ser líder no PS;

A principal critica a fazer, desde já, é a falta de originalidade entre estes dois concursos. No primeiro, parece que à direita sobram candidatos, o Santana Lopes quer ser presidente mas o PSD prefere o Cavaco. À esquerda parece que ninguém quer ser concorrente, apesar do PS querer empurrar o Guterres para o concurso.
No segundo, e depois de ficar mais ou menos claro que a carreira europeia de António Vitorino ter terminado, Jorge Coelho resolveu marcar posição, não lhe fossem roubar o lugar. Não é por acaso que ele se tem resguardado nos últimos tempos e criticou duramente Ferro Rodrigues acerca da Casa Pia, demarcando-se desta direcção.
Agora eis que surge Soares Jr. pronto a disputar um lugar que ninguém lhe quer dar.
Vamos aguardar pelas cenas dos próximos capítulos…

Compromisso Portugal

Encontro da auto intitulada nova geração de gestores que reuniu cerca de 500 participantes, elaboraram 30 propostas!? Então chamam a isto ser-se produtivo, 0,06 propostas por participante!
Esta fraca produtividade sugere-nos que 440 participantes foram ali ocupar lugar para simplesmente aparecer num evento amplamente publicitado. Porquê 440? Provavelmente os mais imaginativos, para não se cansarem muito, elaboraram propostas dois a dois!!!

As sugestões incidiram especialmente sobre as finanças públicas e a política fiscal, nomeadamente a adopção de objectivos para a evolução da despesa pública mais ambiciosos, reduzindo a despesa pública abaixo de 40 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) e a despesa corrente primária abaixo de 33 por cento da riqueza criada, até 2008, indiciando instrumentos que garantam a exequibilidade das sugestões, como a moderação salarial.

Curiosa é a formação deste grupo, para além dos figurantes, constam ex-gestores públicos que tão mal trataram os serviços e empresas por onde passaram, empresários que defendem a manutenção dos centros de decisão em Portugal e que vendem as suas empresas à melhor oferta vinda do exterior.
É estranho que este gestores atribuam ao Estado as culpas de tudo de mau que por cá acontece em vez de se unirem e criarem empresas com dimensão e poder negocial capaz de ganhar concursos internacionais. O problema aqui é que o espírito de quintinha, a mania de todos querem ser patrões e o medo da perda de protagonismo assustam estas pessoas.

É engraçado que o organizador deste evento seja o Vaz Guedes que na primeira oportunidade vendeu a Somague aos espanhóis. Ou não confia nas suas capacidades e vai pela via mais simples e menos trabalhosa, ou realmente em Portugal os empresários e gestores não conseguem unir-se de modo a criarem sinergias para serem mais competitivos lá fora, e então é preocupante e curioso que se consigam gerar essas sinergias com os espanhóis.

domingo, fevereiro 08, 2004

Foi descoberta a fonte...



E assim o mundo descobriu como os americanos encontraram o Saddam...

Pina Moura



Afinal era evidente a ligação de Pina Moura ao PSD. O governo está a pensar nomeá-lo para um alto cargo numa instituição financeira - CGD ou Banco de Portugal.

Se tiverem por aí um lugarzito para mim eu também começo a dizer que vocês são os maiores.
Boa!!!

sexta-feira, fevereiro 06, 2004

Um, dois, esquerda, direita...

Parece que já se está a ver o deputado Pina Moura a ingressar nas fileiras do PSD. No PCP foi ostracizado, agora no PS sente-se num gueto político, percebe-se que as coisas estão más, mas compará-lo a um gueto!
Não seria inédito e, por não ser inédito pode aconselhar-se com a Zita Seabra. A esquerda é fértil em situações destas, se não reparemos no nosso Primeiro-Ministro e seus camaradas. É a outra esquerda rebelde (MRPP) no assalto ao poder, de tal forma que os podemos encontrar em qualquer lugar.
Estranho percurso, o da esquerda portuguesa.

Onde param as entidades reguladoras

Num ano de crise profunda para o comum dos mortais deste país, assistimos à divulgação de resultados dos bancos e da companhia estatal de distribuição de produtos petrolíferos, e que resultados. Então não é que os resultados da Galp duplicaram em relação a 2002 e os resultados dos bancos oscilam entre os 13% do BPI e os 61% do BCP. Face a estes resultados lanço duas perguntas:
1 - Não seria de esperar, da parte do estado, alguma solidariedade e ajustar os preços da sua gasolineira, nem que para isso se minimizassem os lucros?
2 - Quanto aos bancos, se estamos em crise recorremos menos ao crédito e/ou existe maior dificuldade na cobrança. Então quer dizer que nos andaram a cobrar comissões demasiado altas e aqui parece-me lógico que se defenda o consumidor da ganância dos banqueiros? Até os bancos têm condições especiais na tributação dos seus lucros!!!

Vitórias partidárias acima do interesse nacional

Todos nós sabemos que este governo não está a fazer o que prometeu, nomeadamente, baixa de impostos, equilíbrio das finanças públicas, criação de emprego entre outras promessas. Enfim, o fiasco parece evidente e a não ser que se tomem medidas imediatas este fiasco poder-se-á transformar em desastre.
Mas, quando olhamos para a esquerda, principalmente o PS, o cenário é preocupante. O vazio de ideias e pelos vistos a indisponibilidade para trabalhar em prol do país são por demais evidentes, senão vejam-se os acontecimentos desta noite no Largo do Rato. António Costa reprimindo Pina Moura por este ser um dos subscritores das proposta do grupo das 33 personalidade que as elaboraram, à revelia do PS. O argumento usado é o de que assim ele estraga a argumentação do PS. Pelos visto o PS não estava interessado em quaisquer acordos e a argumentação usada na Assembleia da República foi para inglês ver.
O mais curioso é o facto de António Costa acusar Pina Moura de ser o principal responsável pelo actual estado das finanças públicas ao que este argumenta que a falha é devido ao facto de Sousa Franco não ter tomado as medidas necessárias. Afinal, estes dois foram ministros do PS e então temos aqui uma assumir de culpas explícito.

Einstein dizia que "O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário", por isso vamos lá a trabalhar em vez de andar sempre à procura de pequenas vitórias e apenas defender os interesses partidários.

quarta-feira, fevereiro 04, 2004

Esquerda rebelde

Ultimamente tenho lido, com alguma frequência, alguns dos que eu considero bons blogs, Bloguitica, Aviz, Marretas, Barnabé, entre outros. Eu acho interessante a posição autista que o Barnabé assume ao afirmar que "A direita desapareceu da blogosfera. Isto agora é tudo nosso? Já estamos em tal estado, que só nos resta discutir entre nós." Só não sei se isto é uma afirmação, um desejo ou pensamento utópico da esquerda "radical" que ele defende. Tenho que ser honesto sempre que ouço o Francisco Louçã só me consigo lembrar do Manuel Monteiro, estranho não é. Ou talvez, porque ambos seguem uma forma de fazer política muito semelhante, a demagogia, limitando-se a dizer aquilo que as pessoas querem ouvir, libertos de qualquer pretensão de chegar ao poder. Pretensão ou realismo!

Esta é mais uma afirmação que me chamou a atenção: "Enquanto o realismo e o bom senso governativo chegam à esquerda rebelde, o pensamento utópico, já se sabia, foi alojar-se na direita."
Daqui poderá concluir-se que tem faltado bom senso à esquerda e em particular à mais rebelde, só assim se percebe as chamadas de atenção, na Assembleia da República, aos meninos rebeldes. Ainda a falta de bom senso parece ter sido apanágio da esquerda em geral, senão vejamos, sempre que a esquerda chega ao governo provoca o caos e deixa ou foge deixando um rasto de desordem e anarquia.
Interessante é também a mudança de objectivos e a crescente ambição de querer chegar ao poder, apetecível não é. Será que nos próximos tempo vamos assistir a uma colagem do BE ao PS?

Só mais uma nota: acho que quando alguém veste a camisola de um partido político perde alguma clarividência e capacidade crítica. Devia apostar-se mais nas pessoas e menos nos partidos políticos.

Por falar em utopia, num país de analfabetos, deixo aqui uma pequena provocação:
- É mesmo necessário ter um mestrado para ser militante do BE?

terça-feira, fevereiro 03, 2004

O que todos devemos fazer

Devemos verificar se estamos mortos ou não, não vá o diabo tecê-las ou algum funcionário público retirar-nos de circulação.
Pode ser útil um dia mais tarde, na idade da reforma. Veja-se o caso daquele funcionário do metro que quando ia pedir a reforma antecipada descobriu que tinha morrido. Isto entre "colegas" não se faz!!!

Televisão e política

Na actualidade parecem duas coisas indissociáveis, senão vejam-se os mais recentes casos. Sempre que qualquer problema aparece na televisão existe, quase sempre, uma resposta rápida por parte da classe política - é a cultura do manter as aparências.
Eis que este fim-de-semana tivemos uma sessão de pancadaria ao vivo e em directa na TV e, como seria de espera, tivemos uma intervenção rápida da nossa classe política. Até me parece demasiado rápida. É só reparar nas declarações proferidas e vê-se logo que esta rapidez teve como objectivo mascarar o acontecimento. Condenam-se os adeptos, faz-se aprovar uma lei que impeça de frequentar recintos desportivos e esquece-se tudo o resto. Como é que se faz o controlo destas pessoas se a polícia não tem meio humanos e muitos menos materiais.
Será que o estádio do Guimarães cumpre todas as normas de segurança?
Aprova-se uma interdição de 30 dias e esquecemos o comportamento indigno dos futebolistas que foi quem iniciou toda esta confusão. Não deveriam ser castigados?

Hilariante é a conclusão final que pretende passa a ideia de que devemos esquecer tudo isto porque não era uma jogo a sério. Nem fazia parte dos jogos de teste para o Euro!

segunda-feira, fevereiro 02, 2004

Surpresa de fim-de-semana

Este fim-de-semana fui "obrigado" a concordar com o Alberto João e com o Paulo Portas. Não é normal dadas as figuras.
De acordo o Jardim quando este diz que o Mário Soares não passa de um "bluff" e que não compreende como o querem transformar no ícone da 3ª república.
De acordo com o Portas porque ele tem razão em tudo o diz a respeito de Mário Soares, ás vezes acontece.
Na realidade, Mário Soares que tanto gosta de evocar o espírito do 25 Abril, ou o que isso possa significar, pouco fez pela melhoria da condição social dos portugueses. As cargas policiais sobre os trabalhadores, a fome, os salários em atraso como Paulo Portas diz, as negociatas com os americanos e as taxas de juro elevadíssimas, um dos piores governos pós 25 de Abril e um presidente muito pouco consensual, acrescento eu. Agora é vê-lo com ataques histéricos de anti-americanismo, de temor da direita radical e muito preocupado com as dificuldades dos trabalhadores. Se o caso não fosse tão grave até dava vontade de rir.
Com este discurso e com a bandeira da CGTP como pano de fundo duas conclusões se podem tirar:
1 - O Carvalho da Silva que se cuide pois vem aí a concorrência. Mais do mesmo e uma vez mais os trabalhadores a serem vitimados com toda esta hipocrisia vinda do discurso político.
2 - A senilidade e/ou a memória curta que tantas vítimas provoca em Portugal volta a atacar.

O país do faz-de-conta

Na semana passada, os agentes de futebol, os adeptos, o país do futebol andou a fazer de conta que a partir de agora tudo ia ser diferente, sem agressões, respeito mútuo, "fair-play", uma nova mentalidade.
Depressa se percebeu que não iria ser bem assim, a ver pela troca de galhardetes entre o FCP e Sporting. Bastou começar a jornada seguinte e começaram todos a insultar todos, palhaçadas, cenas de pancadaria e até, segundo se diz, se desejou que jogadores morressem em campo. Nem dá para acreditar.

Uma palavra para Pinto da Costa

Faça-nos esse favor… deixe-o ir embora. O circo começa a ser pequeno para tanto artista.

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